Ela se chamava Irmã Melody e tinha uma irmã gêmea. Fez os votos na mesma semana em que a gêmea se casou. Ambas tinham 22 anos.
Aos 27 anos, um trágico acidente vitimou pai, mãe, filha e marido. Ned, o sobrinho de quatro anos, ficara com uma amiga. Não houve outra solução. Irmã Melody deixou o hospital onde já atuava como enfermeira para criar o menino.
Ned cresceu dócil, sabendo do sonho da freira tia Melody. Depois de adulto, ele se casou com Lynda. Na ocasião, a tia estava com 52 anos.
A freira voltou para o convento da Congregação. Era só mudar de cidade, distante quatro horas de viagem. E retornou ao hospital de onde partira para criar o sobrinho.
Ela viveu até os 79 anos, feliz com sua missão de mãe e de religiosa. No sermão de despedida, o bispo leu uma frase que todos levaram como lembrança: “Primeiro o dever, depois o sonho”. O sonho de Irmã Melody fora apenas adiado.
De fato, Ned referia-se a ela como “tia, mãe e reverenda”. Ele sabia que, um dia, sua mãe número dois voltaria para sua querida comunidade. No túmulo dela, escreveram: “Beautiful dream, beautiful vocation. Sister Melody”. (‘Belo sonho, bela vocação. Irmã Melody.’)
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