Olá, meus amigos! Aí estão todos esses que chamamos de humanos, de seres humanos. Não podem ser definidos simplesmente como racionais, animais racionais. Não são carneiros de um rebanho, embora possam parecer seguindo a onda, sem usar sua “racionalidade”. Seguem a onda impensadamente. O ser humano é sempre um mistério. Homem e mulher. Vão construindo e aperfeiçoando sua masculinidade e sua feminilidade. Crescem por fora, precisam também crescer por dentro.
Seres inacabados sempre em construção. Enxergam, escutam, abraçam, amam, odeiam, trabalham, são bonitos ou feios, nascem, vivem e morrem. Constroem e destroem. Atingem as estrelas e chafurdam na lama. Chegam ao mundo precisando de tudo: ar para respirar, leite da mãe, berço para dormir. Choram e berram ao nascer e precisarão cortar o cordão umbilical aos poucos, mas de verdade. São apresentados a um jovem senhor que é seu pai e que passam a conhecer. Precisam que seus pais lhes deem um nome, um nome que vão construir ao longo da vida…nome por de trás do qual está a sua história com acertos e erros.
As pessoas nascem, crescem e vivem com outras histórias. Caminham com outros peregrinos. Quando encontro um tu e que sei que sou eu. Sentem que não podem viver por viver. Há em cada um de nós um enorme desejo de comunhão, de amar, de ser amado, de dar a mão aos outros, de falar, de conversar, de ajudar, de ouvir, de estar de acordo e divergir. Somos um mistério de comunhão.
E lá dentro temos saudade do começo. Fomos inventados pelo Mistério do Senhor. Como Santo Agostinho temos um coração irrequieto que precisa descansar em Deus. Ele nos quer…colocou-nos na terra.
Ama-nos e quer nos ver com os traços do Filho Jesus.
Não se concebe um ser humano pleno se ele sente essa louca sede do Altíssimo.
Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM
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