A CORAGEM QUE VEIO DEPOIS DE PENTECOSTES

Escrito por omensageiro_master

Momento LiturgicoA maioria dos que seguiram Jesus e os apóstolos não viram nenhuma pomba. Foi só uma vez! Mas os outros seguidores enxergaram línguas de fogo sobre cabeças, ouviram falar em línguas diferentes, e todos entendiam tudo. Então sentiram uma paz nunca experimentada antes. Também foram imbuídos de uma coragem duradoura, eles que, dias antes, haviam fugido dos romanos e dos inimigos.E os romanos eram tão prepotentes e militarmente armados como são hoje os americanos e os russos… Ninguém ousava mexer com eles, porque esmagavam qualquer oposição!
Mas aquele pequeno grupo de seguidores de Jesus surpreendeu. Eles não demonstravam nenhum medo. Batiam de frente sem armas e sem violência. Inauguraram a famosa resistência desarmada! A paz desarmada!
Essa coragem de testemunhar sua fé em Jesus os levou ao martírio. Mas não tiveram mais medo. Acreditaram em Sua promessa de que lhes enviaria Alguém como Ele e como o Pai. E Jesus poderia perfeitamente ter dito: “O Pai, o Espírito e eu somos um!”
Aliás, foi isso o que, em outras palavras, os apóstolos transmitiram aos primeiros cristãos. Essa foi a mensagem descrita por São Lucas de que o Espírito “cobriria Maria com sua sombra” (cf. Lc 1,35c). E era o mesmo Espírito de Deus que completaria em cada vida o que lhe faltasse.
Começamos a entender o significado de plenitude ao ler a Epístola de São Paulo aos Efésios (cf. Ef 3,12-21). O apóstolo fala dessa completude. Deus começa, preenche e completa, quando permitimos que Ele nos conduza. O que podemos fazer nós fazemos. O que não podemos devemos pedir, pois Deus nos preencherá! Mas ninguém está dispensado de trabalhar duro para anunciar o Reino de Deus.
Não é mágica. É um duro aprendizado. Não é atitude de cristãos mimados que acham que, se gritarem mais alto, se tremerem, se rolarem no chão e se chorarem com grandes clamores, o Espírito Santo virá. Esse tipo de marketing não funciona com o céu. Ou fazemos nossa parte, ou algo ficará faltando.
Deus vem em socorro de nossas fraquezas, mas não de nossas manhas… O céu é para os corajosos, não para os que vivem de “mimimi”! Nem pertence às pessoas que pensam desta forma: “Não preciso fazer nada porque Deus vai resolver quando eu O invocar”. Devemos evitar esse tipo de pensamento…

Pe. Zezinho, scj.

Edição Julho/Agosto de 2018

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