Toda convivência é uma oportunidade de aprendizado, enriquecimento, crescimento pessoal, comunitário e social. Esse substantivo é derivado do verbo conviver (originário do latim con-vivere, que significa ‘viver junto’). Nesse sentido, significa muito mais do que simplesmente coexistir. É estabelecer laços de amizade, respeito e solidariedade, compartilhando experiências, ideias e emoções.
Pessoas exprimem seus sentimentos, seus objetivos, seus pensamentos, suas crenças, a partir de seu modo de viver. Também se revelam pela forma de se comunicar (do latim communicatio, que significa ‘compartilhar’, ‘repartir’, ‘tornar comum’). Há vários modos de exercer a comunicação: de maneira formal e informal, verbal e não verbal, racional e emocional, entre outros exemplos. Toda forma de expressão supõe abertura e receptividade (pessoal e interpessoal). Somos mistério e símbolo.
Para a comunidade cristã, o ato de conviver é fundamento e objetivo primordial da própria vida e missão. Nós nos expressamos para viver a vida como uma missão, gerando comunhão. Ser Igreja e fazer dela casa e escola de comunhão. A partir da comunicação, vamos estabelecendo uma rede complexa de interações pessoais, comunitárias e sociais. As interações ricas e produtivas tornam essa rede sempre mais complexa, que favorece nossa convivência mais autêntica.
Deus é comunicação. E Ele nos fez à Sua imagem e semelhança (cf. Gn 1,26). Nossa convivência, em qualquer situação, manifesta nossa experiência da vida, do amor, da liberdade, da responsabilidade, da consciência de quem somos. Nós nos comunicamos para viver a vida como uma missão. Também para gerarmos união, sermos Igreja e fazer dela casa e escola de comunhão.
Como seres humanos, nossa principal vocação e missão é (con)viver em harmonia com Deus, com nossos familiares e amigos, com a comunidade, tendo como base um relacionamento centrado no amor e no diálogo, fonte e auge da vida cristã.
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