Editorial: O extremismo e a intolerância estão entre nós

nov 5, 2022Editorial, Novembro 2022, Revistas4 Comentários

Nesta edição, apresentamos aos leitores uma reportagem especial sobre o Centro Dom Bosco. Fundada em 2016, é uma associação de leigos, sem nenhum vínculo com a Igreja Católica, que vem realizando diversos ataques à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bem como a prelados e sacerdotes, sob a principal alegação de estarem defendendo a pureza da fé.

Segundo seus integrantes, o Concílio Vaticano II (1962-1965) representa a destruição da verdadeira Igreja, já que representa a globalização e a relativização do Evangelho, adequando-o ao modernismo. Em nome disso, vêm promovendo uma verdadeira cruzada, procurando destruir reputações de religiosos e também da CNBB, um dos alvos preferenciais do grupo.

Ao longo de sua história, a Igreja Católica sempre sofreu perseguições e incompreensões em sua estrutura. As falsas (e errôneas) interpretações do Evangelho por parte de diversos grupos levaram a embates e disputas teológicas que marcaram épocas. As heresias sempre foram motivos dessa situação. Gnosticismo, pelagianismo, arianismo, catarismo e protestantismo fazem parte dessas lutas, que deflagraram tantas divisões e perseguições no seio da Instituição. Grupos intolerantes, apegados a compreensões distorcidas do Evangelho, sempre foram um desafio à unidade da Igreja e a sua reta intenção de evangelizar.

Atualmente, no Brasil, o referido instituto vem-se utilizando das redes sociais (o novo areópago), para, a partir de um reacionarismo, refutar os frutos do Vaticano II e todos aqueles que, em comunhão com a Igreja, procuram viver e testemunhar esses novos tempos. Com a justificativa de preservar a autentica fé, seus integrantes tornaram-se os novos cruzados e, combatendo a própria instituição, têm gerado confusão e discórdia entre os fiéis.

Urge conhecer essa associação, seus vínculos, suas bases ditas teológicas e seus métodos, esclarecendo que se trata de um grupo sectário, com interesses que não são os da Igreja e, assim, minimizar os estragos que tais atitudes provocam no corpo místico de Cristo. É importante ressaltar que, infelizmente, o fenômeno do extremismo e do tradicionalismo tem sido comum em várias partes do mundo (e também no Brasil). Isso causa dor e sofrimento, induz pessoas bem-intencionadas a tornarem-se radicais e gera rupturas com o magistério da Igreja. Por isso, essa reportagem quer alertar e esclarecer os leitores sobre a forma de atuação desse grupo.

Esperamos que apreciem os demais artigos desta revista, que trazem temas relevantes para informá-los sobre os recentes acontecimentos no Brasil e no mundo, sob a ótica cristã.

Uma excelente leitura a todos!

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4 Comentários

  1. MAURICIO JOSE DE SOUSA

    Estou pasmo de ver o comportamento dos católicos em Patos de Minas, depois da eleição. Olhos vermelhos de ódio, derramando palavras de ódio contra os vencedores, agressivos e dispostos ao pior. Estão causando horrores a cidade.

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  2. Francisco

    Prezado Frei,
    Com relação ao folheto da missa que contém um texto político e inclinado a um candidato, atribuído ao Frei Beto. O que poderia dizer?

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  3. clemoco48

    Infelizmente muitos Cristãos houvem ou leiam o Evangelho, mas não Vivem o Evangelho!

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  4. Waldemar Figueira

    Também errado

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